quinta-feira, 14 de julho de 2011

Entrevista com Francisco de Assis Dourado da Silva (professor da UERJ)


Presente em mesa-redonda da 63ª Reunião Anual da SBPC, o professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Francisco de Assis Dourado da Silva falou sobre a necessidade de se mapear áreas de risco para a prevenção de catástrofes e de se conscientizar a população que vive nessas áreas.

Como você avalia o sistema de prevenção e monitoramento vigente hoje no Brasil?
Na verdade, não posso nem dizer que existe um monitoramento. Primeiro é preciso fazer os mapas de risco, que é uma coisa ainda muito rara no Brasil. Depois de mapear as áreas de risco é que poderemos fazer previsões e, só então, será possível monitorar.

Temos um histórico recente de grandes catástrofes climáticas e mesmo assim ainda não temos uma política de monitoramento. A que o senhor atribui a ausência dessa política consolidada?
A uma falta de cultura no país. Não é cultura no Brasil fazer mapeamento e estatística. Não temos a política de guardar e gerar dados, de mapear, de fazer bases cartográficas.

O senhor aposta no uso de redes sociais e de dispositivos móveis como uma ferramenta que possa contribuir para a conscientização da população?

Não vai contribuir com a conscientização, mas para a disseminação da informação. A conscientização tem de ser feita nas escolas, nas comunidades com a participação da defesa civil e dos serviços geológicos regionais. Depois que a população já estiver conscientizada esses meios poderão ser usados para trocar informações sobre situações de risco.

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